Com a nova realidade do mercado de trabalho e da vida contemporânea, é natural que algumas empresas permitam alterações na rotina cotidiana. A admissão de horários flexíveis é uma das mudanças mais presentes e demandadas no ambiente profissional. Essa é uma prática que atrai, principalmente, os mais jovens e também aqueles que procuram uma melhor administração da vida pessoal.
Embora seja uma forma interessante de organizar o expediente, a flexibilidade exige mais disciplina da equipe de trabalho. É preciso que todos tenham uma boa capacidade de articulação e foco no alcance de resultados e no cumprimento das metas. Por parte das organizações, é necessário ter normas claras, como também estabelecer estratégias de integração entre as equipes (horário comum a todos, por exemplo). Logicamente, deve-se também avaliar se essa alternativa é compatível com o tipo de negócio e a atividade da empresa, que podem determinar um expediente mais ou menos maleável.
Nas atividades que se adequam bem ao horário flexível, tem-se percebido um ganho na produtividade e um envolvimento dos profissionais, que se mostram comprometidos com os resultados.
Tecnologia Como Aliada
As redes sociais têm se tornado uma ferramenta recorrente na busca por uma vaga no mercado de trabalho. Além do Twitter e do Facebook, há outras voltadas diretamente para esse mercado, como é o caso do LinkedIn. Elas têm como vantagem a possibilidade de interação direta entre as pessoas e empresas que oferecem vagas.
É sempre válido que o profissional utilize todos os recursos disponíveis na rede. Ao consultar o site de uma empresa ou verificar sua página no Facebook, o candidato está captando preciosas informações que poderão ajudá-lo a ter um melhor desempenho numa possível entrevista.
Entretanto é necessário atenção. No mundo virtual, assim como na vida real, é preciso agir com bom-senso. Um perfil bem elaborado numa rede social pode ser um diferencial. Ao utilizar a tecnologia para buscar trabalho e estágio, deve-se ficar atento para não abusar ou invadir a vida dos recrutadores ou profissionais de contato. Solicitações para fazer parte da rede do recrutador, por exemplo, devem ser enviadas apenas quando já se teve algum contato pessoal ou profissional. Antes disso, é melhor seguir a empresa que está recrutando, pois, assim, o candidato se atualiza sobre as oportunidades, sem extrapolar a norma de boa etiqueta.
Viver no Exterior a Trabalho
Na edição anterior, falamos sobre as oportunidades no exterior. Mas como conseguir isso? Um bom começo é cuidar da capacitação técnica, pois as empresas costumam expatriar profissionais especializados, especialmente quando se tratam de profissionais em início de carreira. Ter feito viagens internacionais — de emprego, projeto acadêmico ou até lazer — também pode fazer a diferença, já contribui para reduzir o choque cultural. A tolerância e a flexibilidade para com outras pessoas e, de modo geral, com as diferenças também é algo bem visto na hora da escolha.
Uma vez selecionado para participar, é preciso se preparar. A expatriação tem normalmente três fases: preparação, adaptação e repatriação. Na primeira fase, o melhor é procurar aprender ou se aperfeiçoar na língua do país. Lembre também que alguns países exigem documentação e demoram nos trâmites legais. Nesse caso, a empresa ajudará no processo.
Na fase de adaptação, é normal um período de “lua de mel”, de “encantamento” com o novo ambiente. Como geralmente os contratos são de dois ou três anos, é comum essa fase de “romance” passar ao se entrar na rotina estrangeira. Por isso, é necessário se preparar para aspectos como mudança de clima, acesso a atendimento médico e até para os momentos de solidão. Nesse caso, buscar conhecer pessoas da mesma faixa etária e fazer amizades ajuda muito.
Por fim, vale lembrar que — caso não surjam outras oportunidades no exterior logo em seguida — você vai voltar ao seu país. Pense na sua repatriação do ponto de vista profissional, ou seja, como se readaptar à sua empresa. Discuta com seu gestor e com o RH as perspectivas quando você voltar. Com esses cuidados, viver no exterior será não só uma boa experiência, como um diferencial na carreira.
Experiência Internacional
Você já pensou em trabalhar fora do País? Com a presença das grandes empresas em cada vez mais países, há uma boa chance de os profissionais interessados conseguirem uma realocação.
Para quem não está casado, não tem filhos e tem menos compromissos aqui, se envolver em uma atividade desse tipo pode representar um salto na vida profissional e pessoal. O primeiro passo é se informar na empresa sobre a possibilidade, as condições e os requisitos. A segunda prioridade é se preparar: é importante colher informações sobre os países em que a organização atua, aprender novas línguas, especialmente o inglês — que é universal —, e conhecer a cultura desses lugares.
Caso não seja possível ir para outros países, muitas vezes há também a chance de se ter contato direto com estrangeiros em projetos específicos dentro da própria empresa. Participar deles pode ser uma boa oportunidade de fazer um primeiro contato com essa outra realidade.
Independentemente da opção escolhida, essa nova empreitada vai demandar flexibilidade, perseverança e disposição para enxergar aspectos positivos do contato com culturas diferentes — e não simplesmente se preparar para dificuldades. Toda mudança é difícil, mas com planejamento e boa vontade, o contato com o exterior tem tudo para ser uma experiência positiva.
Na última coluna, falamos sobre o planejamento como uma ferramenta para pensar o futuro profissional. Embora seja um desafio para quem está apenas começando ou não tem o hábito, na verdade planejar ainda é a parte mais fácil: o que mais exige do profissional é a execução.
Uma vez mapeadas as competências necessárias para a área de atuação, ou seja, aquilo que se precisa desenvolver ou em que investir, é necessário definir prioridades. O ideal é começar com poucas prioridades, estabelecendo cerca de três objetivos para o ano que se inicia (se inserir no mercado de trabalho, desenvolver algum conhecimento específico, adquirir experiência prática etc.).
Definido o que é essencial, é preciso pensar na parte prática do que foi traçado no planejamento e começar a executá-la — por exemplo, juntar dinheiro para determinado curso, entrar em contato com instituições que encaminham para estágio ou pesquisar livros para se aperfeiçoar numa área. Às vezes não é possível começar de imediato, mas não se pode ficar parado por conta disso. Pode-se ganhar tempo estudando ou buscando suprir carências. Também é bom estar sempre informado e antenado no que está acontecendo no mundo e no mercado.
Vale reforçar que, durante a execução, deve-se respeitar suas limitações e ter muita disciplina, do contrário existe o risco de cair na frustração e acabar abandonando o planejamento. Por isso, seguir as etapas e manter o foco é fundamental.
Sucesso Rápido é Exceção
A mídia tem dado destaque a casos de jovens que, na casa dos vinte anos de idade, enriqueceram rapidamente com um projeto tecnológico ou algo semelhante. Isso é realmente digno de nota, mas justamente porque é raríssimo. Entretanto, essa não é a realidade da grande maioria, e esse tipo de matéria jornalística acaba criando uma pressão exagerada sobre o jovem e uma ilusão sobre a trajetória profissional.
Na verdade, esses jovens são como jogadores de futebol: apenas um percentual irrisório dos milhares que tentam a carreira desponta e fica milionário. São exceções. Além disso, esse destaque não é necessariamente o melhor caminho para todos. Algumas pessoas não estão preparadas para o sucesso instantâneo.
Em geral, o que funciona é planejamento. Para isso, é preciso avaliar alguns fatores. Primeiro, se há identificação e prazer com aquilo que se faz, o que é decisivo para ser bem-sucedido. Em segundo lugar, quais as exigências do mercado e perspectivas para a sua profissão. Um terceiro ponto é o nível de investimento que será feito na própria carreira.
Vale lembrar que — com raríssimas exceções de pessoas que tiveram êxito cedo por uma conjunção de fatores favoráveis — o dinheiro e o sucesso são normalmente resultado de investimento pessoal e planejamento estratégico da carreira.
Momento de reflexão
A maratona de vestibular das principais universidades chegou ao fim. O momento agora é de renovar as energias. Para os feras, as férias que começam têm um sentido a mais: além de um período de descanso, é um tempo de reflexão sobre o que vem pela frente.
Para quem conquistou a tão sonhada classificação, chegou a hora de se preparar para as mudanças que inevitavelmente ocorrerão. Após o descanso, surge um novo desafio: a busca pela colocação no mercado de trabalho. E esse desafio começa junto com o curso de graduação. A partir daí, cada escolha se refletirá no tipo de profissional que você vai ser.
Outra mudança significativa é a relação entre o estudante e a instituição. É preciso saber lidar com a liberdade que o ambiente acadêmico oferece. Selecionar contatos — que, a partir de agora, servirão de referência — também é indispensável. Deve existir a consciência de que um curso benfeito, aquele em que se aprende muito, depende do estudante, da maneira como ele lida com essa “liberdade” e do seu empenho em obter o máximo de aproveitamento.
Momentos de dúvidas sobre a própria escolha poderão ocorrer, e é necessário estar preparado para lidar com esses questionamentos. Saber conviver com dúvidas e frustrações é sinal de maturidade e, muitas vezes, evita decisões precipitadas, como uma desistência. Não é recomendável desistir do curso antes de entrar no ciclo profissional e/ou ter contato com o mercado, a menos que exista uma forte evidência de que não há — nem haverá — identificação com aquela carreira.
Para quem não foi aprovado, as férias também são uma pausa para reflexão. Tentar identificar onde houve falhas é um bom começo. É preciso compreender que uma reprovação não é apenas consequência de falta de estudo ou alta concorrência, afinal há diversos fatores relacionados ao desempenho do estudante num vestibular. Esse é um momento propício para repensar e amadurecer as escolhas, o que não significa necessariamente mudar de opção. É a hora de repor as energias e encarar a experiência “malsucedida” como aprendizado e amadurecimento, afinal nenhuma trajetória é feita só de êxitos.
Após um ano de estudo e intenso investimento na preparação para as provas do vestibular, é chegado o momento de saber os resultados: a aprovação ou a não aprovação. Esse período de espera e indefinição acaba gerando angústia e estresse, sentimentos que todos conhecem em determinado momento da vida.
A angústia é um sentimento próprio da natureza humana, que incomoda, mas não pode ser eliminado ou banido. Pode, porém, ser minimizado ou canalizado para outras atividades. De uma forma ou de outra, sempre aparece, principalmente quando estamos vivendo momentos importantes ou decisivos na nossa vida ou quando há insatisfação com os resultados que esperávamos — como, muitas vezes, pode ser o caso dos resultados do vestibular.
Além da angústia, o vestibulando pode estar estressado com a situação vivida: além de sua ansiedade por conseguir ingressar numa instituição de ensino superior, ainda precisa administrar as expectativas de seus familiares e amigos.
Uma maneira de controlar ou minimizar esses sentimentos é aproveitar as férias para descansar e ter atividades prazerosas. Isso não significa dedicar-se a muitas atividades, tentando recuperar o tempo de lazer perdido com o investimento nos estudos, mas fazer aquilo que lhe traz mais satisfação.
As férias, porém, têm término previsto, e, ao final, chega a hora de começarem as aulas das faculdades, para os que tiveram sucesso, ou as dos cursinhos, para quem não conseguiu aprovação no vestibular. Em ambos os casos, é fundamental buscar motivação com aquilo que se apresenta pela frente, dando a devida importância às oportunidades que não podem deixar de ser aproveitadas.
De qualquer forma, essa experiência vivida com a espera do resultado do vestibular já representa um exercício para a vida profissional. O mundo corporativo exige, além de competência técnica, um bom preparo emocional. A forma de lidar com situações decisivas representa uma oportunidade de desenvolver a inteligência emocional, tão valorizada atualmente. Portanto, nada como aproveitar essas situações adquirindo uma boa dose de maturidade. Mesmo que o resultado não seja exatamente aquele desejado, saber tirar proveito dele já é um bom começo!
Muita gente acha que, uma vez escolhida a profissão, o futuro está garantido. Profissionais experientes sabem que isso não é verdade, mas muitas vezes não está claro para quem está começando que o curso é apenas a primeira grande escolha.
Uma forma de se ter boas chances de sucesso na vida profissional é construir uma estratégia de carreira, e o primeiro passo para isso é saber o que você quer ser. Quando se tem o conhecimento das possíveis áreas de atuação, essa escolha é facilitada. Depois, é preciso de fato refletir sobre a carreira a médio e longo prazos. Algo que pode ajudar a dar o pontapé inicial nesse planejamento é pensar onde você deseja estar em um futuro próximo a cinco anos, mas com uma visão realista.
Uma vez projetado esse futuro, é importante avaliar se você já tem as competências necessárias para se destacar na área escolhida e o que você precisa fazer a cada ano para atingir seus objetivos em termos de desenvolvimento profissional, seja através da realização de cursos, seja através da participação em grupos de trabalho, monitorias ou mesmo realizando outros investimentos, como um intercâmbio. Também é interessante pensar em fatores como o aperfeiçoamento prático (em estágios, por exemplo) ou aumento da rede de relacionamento, fator que nem sempre é pensado pelo jovem profissional.
Por fim, é importante ter disciplina para executar e acompanhar o que foi planejado, além de estar atento às oportunidades. Um bom planejamento de carreira deve ser tão exato quanto possível, mas tão flexível quanto necessário.
Aprenda com a Experiência
Um dado que chamou a atenção na última pesquisa sobre as melhores empresas para se trabalhar foi a existência de um ambiente organizacional que mescla profissionais em início de carreira com outros mais experientes. Muitas vezes, essa mistura de fato traz novas ideias e uma injeção de ânimo ao dia a dia.
Ocorre que, na ânsia de mostrar seu trabalho, o jovem às vezes esquece que é preciso compreender o funcionamento da empresa para contribuir e crescer nela e que ter um bom relacionamento com aqueles que já estão lá pode facilitar o conhecimento das atividades, dos processos e das políticas da organização, entre outras coisas. Um profissional que está iniciando tem muito a aprender com os veteranos, que conhecem a organização e sua forma de atuar no mercado. Essa troca é quase sempre um ganho em termos de desenvolvimento profissional.
Por outro lado, mesmo diante do conhecimento dos veteranos, você não deve sentir constrangimento na hora de propor inovações e dar sugestões. Para isso, é preciso estudar o tema e buscar informações com quem conhece a empresa e sabe como funciona o mercado, a fim de que sua proposta seja interessante e bem embasada. Com essa postura, a experiência pode ser muito benéfica tanto para você como para a organização












