Janeiro é férias
Ninguém duvida de que janeiro é um bom período para se tirar férias. Portanto, se você passou pela batalha do vestibular e deseja aproveitar o momento para dar uma relaxada, a dica é: aproveite! Parece óbvio, mas não é, pois saiba que, depois de entrar no mercado de trabalho, não vai ser nada fácil conseguir folgar nessa época, quando a concorrência costuma ser grande.
Mas, seja você vestibulando, seja profissional, o importante é planejar bem o seu lazer. Planejar antes de partir — para não deixar pendências; planejar logisticamente — para onde vai, como vai, onde vai ficar; e planejar financeiramente — o que vai gastar, como vai gastar, em que vai gastar. Quanto à duração do recesso, o ideal é que ele tenha em média quinze dias. Esse é o intervalo de tempo recomendado para que uma pessoa consiga se desligar completamente do trabalho.
Outro ponto importante a que você deve estar atento é fazer o que gosta. O período que você tem para recarregar suas baterias precisa ser usado do modo que mais lhe convém, e não como os outros gostariam que fosse. Apenas tenha cuidado com os excessos — de álcool, de gastos, etc. No mais, aproveite o tempo livre também para resolver suas pendências: vá ao médico, regularize seus documentos, conviva mais com amigos e familiares, etc.
Por fim, uma última, mas não menos importante dica: saiba o momento de voltar das férias. É preciso chegar devagarzinho. Voltar bruscamente não vai lhe fazer bem. Deve haver um tempo de transição para desarrumar as malas, ver quanto gastou e, principalmente, retomar o cotidiano e preparar-se para o que está por vir. Boas férias!
Natal: tempo de reflexão
É chegado o Natal e, com ele, um clima todo especial parece se instalar em todos os espaços. Não só para os religiosos, mas, para todos, é um tempo de reflexão. É uma época de refletir e de realizar um balanço dos momentos de sucesso vividos e das dificuldades enfrentadas.
No caso dos vestibulandos, alguns que ainda esperam o resultado da lista e outros que já o sabem, a dica é aproveitar esse clima para, realmente, avaliar como foi o seu desempenho durante o ano, focando erros, acertos e também conquistas. Mesmo que as conquistas não signifiquem ter passado no vestibular.
Para quem passou no vestibular desejado, é hora de comemorar, tendo por base a reflexão para elaborar o desafio de ser universitário e traçar os próximos objetivos a serem alcançados, preparando-se para a nova fase.
Aos que não passaram, aproveitem esse clima de reflexão para avaliar o que deu certo e tentar encontrar novas alternativas para o que precisa ser ajustado. O que não pode é desanimar. Ser realista na sua avaliação é fundamental, pois vai ajudá-lo a retomar a esperança para enfrentar o novo ano que está para chegar.
Além de ser tempo de reflexão, o Natal é tempo de festejar. Independentemente do resultado do vestibular, aproveite o momento para confraternizar com a família e os amigos. Confraternizações, além de serem momentos de lazer e descontração, são instantes de compartilhamento e de renovação. E com certeza fazem bem.
Um feliz Natal aos leitores!
Com a chegada do fim do ano, muitos começam a se envolver com a organização das festas e a se preparar para as férias. Mas por que não pensar também em investir na carreira? Seja para o estudante, seja para o profissional, além de tempo para descansar, o momento pode ser uma boa oportunidade para o desenvolvimento e o aprendizado.
Uma boa opção para quem não vai viajar são os cursos de verão, que enriquecem o currículo e a experiência de vida. Dentre eles, estão os de línguas estrangeiras promovidos pelas universidades e que podem render bons frutos para a inserção no mercado de trabalho.
Ainda como opção de relativo baixo custo, as universidades divulgam, em seus sites, uma série de cursos de extensão. Há também cursos técnicos oferecidos por escolas especializadas que fazem, inclusive, promoção para o período de férias. Nesse caso, é possível aliar a folga no horário ao menor custo do investimento para melhor se preparar.
Para aqueles com orçamento mais folgado, há cursos no exterior de curta duração — de quatro a oito semanas — tanto de línguas quanto de conhecimentos mais específicos para cada área de interesse.
Se há o desejo de estudar um tempo fora, mas não houve programação prévia, o ideal é dar uma olhada nas ofertas das agências especializadas, comparar preços, se informar sobre as melhores opções e os requisitos para se inscrever; enfim, se planejar para passar o próximo ano economizando. Fazer uma poupança exclusiva para esse investimento também é recomendável.
Cursos de línguas, de extensão ou intercâmbios, entre outros, mesmo que de curta duração, são experiências enriquecedoras para a vida e ampliam a bagagem cultural. Além disso, preocupar-se com a possibilidade de aproveitar melhor o tempo das férias para crescer profissionalmente mostra, no mínimo, esforço e cuidado com o futuro. E isso certamente será considerado e reconhecido pelas empresas.
Há quem pense que estudar ou ter estudado em determinadas universidades é suficiente para conseguir uma vaga de estágio ou de emprego. De fato, há organizações que buscam estudantes provenientes de instituições mais renomadas, mas isso não é tudo.
Em relação à instituição de ensino, algumas empresas levam em consideração também aspectos como a qualificação do curso no MEC. Mesmo em boas universidades pode haver cursos cujo conceito é mediano ou baixo, o que pode influenciar negativamente.
Do ponto de vista do aluno, ter boas notas no histórico e estar envolvido com outras atividades extraclasse — como monitorias, projetos voluntários, iniciação científica, etc. — também pode contar a favor. Outro fator muito relevante é a postura do candidato. Num processo de seleção, um avaliador experiente geralmente consegue observar se o candidato se preparou para a entrevista, se buscou informações sobre a empresa, como se comporta durante a seleção e como se apresenta. E isso muitas vezes é determinante para que seja escolhido.
Para resumir, apesar de o nome da universidade ter algum peso nos processos seletivos, de modo geral conseguir uma vaga depende muito mais do candidato do que de outros fatores. Afinal, como se diz, muitas vezes é o aluno quem faz o curso.
Na última edição da Conexão Profissional, definimos o que significa o feedback, principalmente no cotidiano de uma empresa. Desta vez, mostraremos como o profissional que está no início de sua carreira deve lidar com críticas ao seu trabalho, compreendendo que são uma demonstração de preocupação com ele.
Primeiramente, é necessário entender que a prática do feedback é essencial para o profissional saber quais são os pontos a desenvolver no trabalho, sendo impulsionador do seu desempenho na empresa. É importante para todo jovem que está começando a trabalhar e fazer parte de uma organização receber essa avaliação da sua competência. Se a instituição não apresentar essa prática, o jovem deve buscá-la. É importante que ele encare o feedback como um indutor de mudanças, que visa à melhoria.
No momento de ouvir as críticas, o profissional deve ter em mente que manter a calma é essencial e não deve ter medo de explorar as situações, inclusive solicitando exemplos para melhor compreensão do problema. É comum tomar esses comentários como ofensas pessoais, mas deve-se entender que essa é uma atitude reativa prejudicial e lembrar que, muitas vezes, falar sobre erros também é desconfortável para quem os aponta. Pedir sugestões também é uma boa forma de ajudar a construir o projeto de melhoria. Além disso, o feedback é uma oportunidade para confirmar o bom desempenho e reforçar as competências já desenvolvidas.
Enfim, receber feedback exige preparo por parte do jovem. Exige que o profissional saiba ouvir e buscar entender o que está sendo dito antes de posicionar-se ou tomar qualquer atitude. Exige entender que, antes de mais nada, o feedback de uma empresa vai ajudá-lo não só a curto prazo, mas também a longo prazo, tornando-o mais autônomo e confiante no processo.
Definindo o Feedback
Nesta edição da Conexão Profissional, será abordado um tema crucial para as empresas: o feedback. Apesar de ser proveniente do inglês, é uma palavra muito usual no nosso vocabulário e principalmente no dia a dia profissional. Os principais dicionários definem feedback como “resposta a uma situação; retorno” e “capacidade de dar e receber opiniões, críticas e sugestões sobre alguma coisa pessoal ou profissional”.
Esta última definição é a que se encontra mais presente no meio empresarial. Ou seja, de modo geral, seria o momento em que se passa uma informação sobre o desempenho do profissional e a avaliação deste em relação aos padrões estabelecidos pela empresa.
O feedback é, então, uma prática positiva que visa ao crescimento do profissional e deve ser encarado como uma oportunidade de apontar as necessidades de melhoria, inclusive reconhecendo e estimulando os aspectos que merecem elogios.
Recomenda-se que o feedback seja feito em tempo real. Deixá-lo para depois pode significar uma perda de oportunidade para a melhoria. Essa atitude só se justifica quando não é encontrado um momento oportuno. Além disso, é importante fazê-lo de forma objetiva, num espaço adequado e de maneira reservada. Esses cuidados contribuem para a aceitação das críticas. A pessoa que dá o feedback precisa também ter uma postura “aberta”, lembrando que quem recebe pode discordar dela e apontar outros fatos sobre seu próprio desempenho.
Por fim, deve permanecer o entendimento de que o foco da prática de dar feedback é, na verdade, o reconhecimento do profissional e, fundamentalmente, o investimento na melhoria de seu trabalho, que culmina, então, na melhoria da empresa como um todo. Portanto, ele não pode se tornar um ato de vingança, ofensa pessoal ou situação de constrangimento. Em outras palavras, em vez de um “banho de água fria”, é uma mobilização para a mudança, que visa tanto à equipe quanto à instituição.
Na próxima edição, a Conexão Profissional abordará o tema novamente, focando na recepção desse feedback, principalmente entre os jovens profissionais.
Como vimos na edição anterior da Conexão Profissional, a palavra autonomia ganha sentidos diferenciados quando se fala do comportamento do profissional em uma empresa. Torna-se um misto de iniciativa e interdependência, onde o profissional sabe se colocar como conhecedor de causa, sem dispensar a ajuda e as opiniões dos outros.
É normal o jovem que está começando a carreira profissional se revelar ansioso por mostrar seu estilo e deixar sua marca na empresa. Entretanto, ele deve entender que conquistar autonomia dentro da organização onde trabalha é um processo que leva tempo. Afinal, suas ações passam a refletir na imagem da instituição, que precisa ser zelada, além da sua imagem profissional.
Como desenvolver autonomia, então? O profissional deve ter em mente a importância do trabalho em equipe. Pedir e oferecer ajuda é fundamental nesse processo. O jovem deve saber dosar a capacidade de ouvir, porém sem ficar à sombra dos outros e sem deixar que essa atitude ofusque sua atuação na empresa. Entender sobre o seu estágio de desenvolvimento é crucial para dar passos seguros e assumir desafios.
Mas destacar-se no âmbito profissional não depende só dele, também é responsabilidade da empresa. O gestor deve saber quando o jovem ainda não está preparado e tomar cuidado para não lhe delegar obrigações que ele não possa cumprir. Assim, a instituição precisa prepará-lo para os desafios e trabalhar com ele até que ambos sintam-se seguros quanto à sua capacidade; ou seja, tal como a confiança, a autonomia não é simplesmente dada pelo gestor nem pedida pelo profissional: é conseguida gradualmente.
Por fim, é essencial destacar que a conquista da autonomia é um processo que leva tempo, no qual não se pode pular etapas, sob pena de prejudicar o aprendizado. É um trabalho que exige esforço de ambas as partes para, finalmente, transformar o jovem num profissional autônomo, o que — repita-se — não implica ser isolado, mas saber trabalhar em equipe e destacar-se na empresa como alguém seguro para assumir responsabilidades.
O Que É Autonomia?
Essa pergunta, cuja resposta parece simples, é o tema desta e da próxima edição da Conexão Profissional. É justamente por parecer evidente que muitos profissionais acabam interpretando esse conceito ao seu modo e — especialmente os que estão iniciando a carreira — não param para se perguntar o que significa ter autonomia dentro de uma organização.
A melhor maneira de abordar o tema é definir o que é autonomia, na vida cotidiana e na vida profissional, para então verificar como isso pode se refletir no comportamento no ambiente de trabalho. E, já que a forma mais óbvia de definir uma palavra é recorrer ao dicionário, encontramos no Houaiss basicamente: “capacidade de governar-se pelos próprios meios; direito de um indivíduo tomar decisões livremente; independência moral ou intelectual”.
No entanto, dentro do contexto da empresa, essa capacidade implica ter conhecimento técnico e mercadológico, conhecer a cultura organizacional e saber como essa organização utiliza os conhecimentos. A maior parte dessas informações pode ser aprendida com as pessoas mais experientes, aquelas que já estão há mais tempo na empresa e no mercado.
Sendo assim, a autonomia profissional envolve ter segurança e conhecimento para tomar a iniciativa nos momentos certos. Além disso, é importante deixar claro que não se trata de ter independência no sentido de autossuficiência, muito menos de agir isoladamente ou decidir sozinho. Pelo contrário, implica interdependência, pois pedir ajuda é parte essencial do processo de adquirir autonomia. Muitas vezes o profissional acredita que perguntando a opinião do outro ou pedindo ajuda deixa de ter autonomia, o que é um engano. Pessoas com certo grau de autonomia, via de regra, sentem-se à vontade para compartilhar dúvidas e construir soluções coletivas.
Por fim, ter autonomia está associado também a uma relação de poder: não só da autoridade formal (hierarquia), mas no sentido de ter a capacidade de decidir e, principalmente, se responsabilizar por suas ações, tendo sempre em mente que, numa situação de trabalho, o profissional representa a empresa.
Na próxima edição, veremos como essa visão diferenciada de autonomia se aplica ao dia a dia da empresa, especialmente para os jovens profissionais.
Na última edição, falamos sobre o Termômetro ÁgilisRH, cujo tema foi a visão das empresas sobre a formação de jovens profissionais e como essa tendência está se consolidando no mercado. Mas é bom estar atento na hora de escolher uma dessas organizações, pois, embora a maioria delas esteja investindo em formação, muitas ainda não têm um programa específico.
Assim, você que está iniciando a carreira precisa buscar algumas informações para tomar uma decisão acertada: a empresa tem um programa estruturado que ajudará o seu desenvolvimento? Uma vez dentro, haverá quem o acompanhe? Você poderá se envolver em cursos, projetos, tutorias e outras atividades? Tudo isso pode ser descoberto durante a entrevista inicial ou em outras etapas do processo de seleção.
Para os profissionais, esses programas — independentemente de serem chamados de estágio, trainee ou jovens talentos — também são uma ótima oportunidade para avaliar se o seu projeto pessoal está alinhado com os valores da empresa e as oportunidades de crescimento oferecidas por ela. Mas talvez o mais importante seja atentar para o fato de que organizações que investem em programas de formação e têm isso como filosofia empresarial estão mais propensas a investir em você no longo prazo. Portanto, escolha bem o seu caminho.
Formação e Tendência
O tema da quinta edição da sondagem Termômetro ÁgilisRH foi a percepção dos gestores sobre a formação de jovens profissionais.
Os dados mostram algumas das novas tendências de gestão de RH, e uma das mais significativas é que todas as empresas entrevistadas declararam que desenvolver e promover tem se mostrado uma prática mais eficiente do que buscar profissionais prontos no mercado, e o maior ganho tem sido melhor qualificação e manutenção da equipe por mais tempo. Não é por acaso que a maioria das empresas pesquisadas está investindo em algum tipo de programa de formação para profissionais que estão entrando no mercado de trabalho.
Para o jovem, o mais importante é compreender que empresas que investem em programas de formação têm planos de longo prazo para os novos profissionais e estarão mais propensas a investir na sua qualificação. Assim, quando estiverem buscando suas primeiras oportunidades, os novos profissionais devem observar se a empresa oferece algum tipo de programa de formação e quais as possibilidades de carreira, e não pensar apenas na remuneração.
Às vezes, abrir mão de uma remuneração inicial alta e pensar no retorno a médio e longo prazos pode ser a melhor estratégia de carreira. A perspectiva de crescimento e os desafios são fatores importantes a serem considerados na hora da escolha. E o retorno financeiro chegará — em alguns casos, melhor do que nas oportunidades cujo salário inicial era alto.
Na próxima edição, veremos que aspectos são importantes depois que o jovem profissional já está incorporado a um programa de formação.












