Diariamente, surgem novos artigos e pesquisas ponderando o que esperar do mercado de trabalho do futuro. As previsões e análises são variadas, mas costumam ter algo em comum: a inteligência artificial e a biotecnologia já estão impactando nas profissões e isso só tende a aumentar. Por isso, é essencial começar agora a se preparar para este novo cenário.
Apesar dos muitos palpites, ninguém sabe ao certo quais serão as profissões do futuro. O fato é que, ao longo dos anos, principalmente com o avanço da tecnologia, várias funções foram se extinguindo e outras novas foram surgindo e ganhando espaço. Ou seja, a prática tem mostrado que, em alguns segmentos e países, o número de empregos não tem diminuído, mas sim que o mercado está se adaptando a uma realidade onde as máquinas estão cada vez mais avançadas e vêm ocupando o espaço do homem em algumas atividades.
No entanto, por mais que a inteligência artificial evolua, a tecnologia nunca terá uma característica que é só nossa: a capacidade de pensar, inventar e raciocinar. Por isso, a principal dica para os profissionais que estão preocupados com seus lugares nesse mercado de trabalho do futuro é não tentar se equiparar às máquinas. O melhor caminho é buscar o desenvolvimento de competências que o avanço tecnológico não seja capaz de alcançar.
O que o mercado irá exigir de seus futuros profissionais é criatividade para pensar e sugerir soluções diferentes para os desafios que surgem no mundo, curiosidade para estudar e aprender sobre coisas que estão fora da sua zona de conforto, proatividade para se antecipar às tendências e sensibilidade para lidar com o outro. Ou seja, tudo aquilo que diferencia o homem da máquina e, em especial, sua facilidade de estabelecer relações interpessoais.
Apesar das incertezas, os especialistas são unânimes em um ponto: o futuro é promissor para quem se mantiver atualizado e alinhado com as exigências e tendências do mercado de trabalho. Por isso, o ideal é já começar de agora a se preparar para as mudanças, pois quem assumir uma postura passiva diante do novo cenário certamente ficará para trás.
O pouco conhecimento sobre o trabalho do outro, o foco excessivo no próprio setor com pouca visibilidade do todo e a reação ao novo, são alguns sintomas que apontam para um problema clássico que acontece em grande parte das empresas: pouca integração. Uma boa maneira de combater essa dificuldade é incentivando a criação de grupos de trabalhos.
Com uma composição diversificada, contendo integrantes de diversos setores e, portanto, com diferentes formações, os grupos de trabalho surgem com propósitos específicos, geralmente para alavancar algum projeto que precisa sair do papel. Com um objetivo comum, como, por exemplo, implantar um novo sistema de informação, os integrantes vão discutir alternativas, trocar experiências e colocar seus conhecimentos à serviço da melhor solução para o projeto em questão. É um espaço de troca que consegue ir além do seu objetivo específico. Permite, também, trocar informações sobre as diferentes áreas, compartilhar estratégias e, sobretudo, aproximar as pessoas – e é aí que entra a melhoria na integração.
Outro ganho adicional que pode ser associado ao trabalho dos grupos é a diminuição dos movimentos de resistência quando o projeto trata de alguma mudança que tenha impacto na rotina das pessoas. Isso porque quando se pensa coletivamente nos processos, de forma integrada e com envolvimento dos profissionais, a tendência é de que as reações contrárias diminuam, até porque os integrantes do grupo de trabalho se tornam patrocinadores do projeto e atuam como defensores da ideia junto aos colegas.
Mas para que todos esses benefícios sejam alcançados, a ferramenta do grupo de trabalho deve ser estruturada de forma organizada. Deve haver um projeto, alguns acordos de trabalho, tarefa ou ideia estratégica, uma agenda de encontros periódicos e ainda uma coordenação adequada, que saiba estimular e motivar os integrantes.
Atrair e reter talentos devem ser, cada vez mais, palavras de ordem em todas as empresas, independentemente do tamanho, número de empregados ou segmento de atuação. E se há algum tempo os profissionais eram motivados, principalmente, por um bom salário e um pacote atraente de benefícios, atualmente outros fatores pesam muito mais na balança.
Nos dias de hoje, de alta competitividade e desafios empresarias grandiosos, ficou quase impossível existir um negócio que consiga ter um desempenho operacional e financeiro diferenciado com tanta rotatividade nas equipes de trabalho. É daí que vem a necessidade de se ter uma gestão de pessoas eficiente, que considere e pondere as expectativas dos empregados, sem contrariar as da empresa e fazendo que eles optem pela permanência na organização, sem perder motivação e engajamento. Mas como tornar esse cenário possível?
Uma boa prática é dar visibilidade ao profissional de até onde ele pode crescer dentro da organização e o que deve fazer para alcançar seus objetivos. Para tanto, ele precisa ter informações sobre o futuro da empresa para que consiga atrelar o seu projeto profissional aos objetivos do negócio. Também é importante investir em práticas de reconhecimento, como elogios, convites para participação em projetos, novos desafios e oportunidades, premiações baseadas em metas e atreladas ao desempenho. Desta forma, o profissional vai sentir que seu trabalho é valorizado pela organização.
A qualidade do ambiente de trabalho também tem impacto direto na retenção de talentos. Para promover um bom clima organizacional, vale investir em ações de integração entre as equipes, promoção de encontros, eventos e comemorações, além de garantir condições de trabalho adequadas para os profissionais. Mais do que nunca, vale seguir à risca o que disse o “pai” da administração moderna, Peter Drucker: “Tornar os recursos humanos satisfeitos e produtivos será cada vez mais a única forma da empresa ganhar vantagem competitiva”.
Embora questões institucionais como os valores da empresa, a política de remuneração e as condições de trabalho tenham um peso importante, a competência em gestão de pessoas se destaca como o grande diferencial para vencer o desafio da retenção de bons profissionais. Na maioria das situações, é a qualidade das práticas de gestão e do relacionamento entre a liderança e as equipes que podem fazer a grande diferença no momento da decisão de permanecer ou se desligar da empresa.
A experiência confirma que, para contribuir com a motivação e a satisfação da equipe, é preciso investir no vínculo de qualidade, na facilidade de acesso ao gestor, na abertura para ouvir sugestões e opiniões da equipe e considerá-las, sempre que possível. Um líder deve ser um bom ouvinte e saber se posicionar. Afinal, sua equipe também tem direito e vontade de se expressar e contribuir. É importante que o gestor saiba escutá-la e direcioná-la para o caminho mais coerente com as diretrizes da organização.
Quando essa relação entre gestor e equipe é saudável, para além da retenção de talentos, outro grande ganho é a maior dedicação e esforço para superar as dificuldades e momentos de crise. São vários os relatos de gestores que, mesmo diante de situações que pareciam inviáveis, seja devido a orçamentos curtos, por prazos bem apertados ou até mesmo pela complexidade das entregas que tinham de fazer, por exemplo, conseguiram alcançar os resultados muito por causa da boa relação com seus liderados e do engajamento da equipe.
Neste caminho, é papel dos dirigentes patrocinar, promover e estimular que as lideranças construam com as suas equipes um relacionamento marcado pelo cuidado, respeito, estímulo e reconhecimento. E o resultado será um ambiente de trabalho mais produtivo, de melhores resultados e equipes mais estáveis, com pouco espaço para a concorrência importunar.
Muita gente não dá a devida atenção para este fato, mas o sono, ou a falta dele, é um dos fatores que mais atrapalha a produtividade dos profissionais. Para dar conta de tudo no dia a dia, acabamos sacrificando algumas horas de descanso que são essenciais para a saúde física e mental, o que vai refletir diretamente nos resultados do nosso trabalho.
Segundo especialistas, o mais indicado é reservar cerca de 8 horas de sono para que o organismo descanse a musculatura e faça a liberação de hormônios, a consolidação da memória e o fortalecimento do sistema imunológico, entre outros processos indispensáveis para a saúde do corpo. Porém, não basta apenas se preocupar com a quantidade de horas dormidas, é preciso ficar atento também para a qualidade do sono.
Na busca por um sono mais saudável, é possível adotar algumas atitudes que farão a diferença. Umas delas é criar um ambiente confortável, escuro, silencioso e fresco para dormir. O celular deve ficar bem longe da cama durante a noite. A prática de atividades físicas também ajuda a relaxar o corpo e a mente, mas, quando realizadas à noite, pode deixar a pessoa muito agitada e com dificuldades para pegar no sono. E cuidado também com a alimentação, priorizando opções leves no período noturno.
Tudo isso irá resultar em um impacto positivo direto no dia a dia do indivíduo – maior capacidade de concentração, paciência e disposição – o que, consequentemente, vai influenciar na melhora do seu desempenho no trabalho. Se engana quem pensa que sono é perda de tempo. Está mais para fator de competitividade.
Os eventos sociais corporativos, como confraternizações de final de ano, comemorações de aniversário ou festas para celebrar as conquistas, são importantes ferramentas para integrar e motivar as equipes. Porém, o que se vê em algumas empresas é que esses eventos viraram mera formalidade, muitas vezes organizados sem planejamento e sem cuidado, tornando um momento que deveria ser agradável para todos em uma experiência a ser esquecida.
Engana-se quem pensa que é só para incentivar a socialização entre os empregados que os eventos corporativos servem. Além de oferecer um espaço de descontração para que pessoas de diferentes setores se conheçam melhor, aumentando a afinidade entre os times, as comemorações são boas oportunidades para promover a imagem da empresa e estimular o processo de identificação empresa-empregado. Equipe entrosada entre si e engajada com os propósitos empresariais faz diferença no processo produtivo. Por isso, ao organizar um evento corporativo, é preciso cuidado e coerência.
Considerar o público-alvo e a motivação da festa é essencial. Se for algo voltado para os colaboradores, deve-se pensar em um formato que se adeque e seja confortável para todos os profissionais da empresa, desde o pessoal que auxilia na limpeza até a alta direção. Não fazer distinção durante a festa também é muito importante. As mesmas comidas e bebidas, por exemplo, devem ser servidas para todos os convidados. Tudo isso fará com que as equipes se sintam prestigiadas pela empresa.
Além disso, a liderança da organização deve ser a anfitriã do evento não apenas “no papel”. São nessas ocasiões que um bom líder consegue, aparentemente, se desvincular de seu título e posição para conquistar a admiração de seus liderados enquanto colega de trabalho, mas claro, sem passar do ponto na informalidade e sem desconsiderar que é o líder.
Os eventos sociais corporativos, como confraternizações de final de ano, comemorações de aniversário ou festas para celebrar as conquistas, são importantes ferramentas para integrar e motivar as equipes. Porém, o que se vê em algumas empresas é que esses eventos viraram mera formalidade, muitas vezes organizados sem planejamento e sem cuidado, tornando um momento que deveria ser agradável para todos em uma experiência a ser esquecida.
Engana-se quem pensa que é só para incentivar a socialização entre os empregados que os eventos corporativos servem. Além de oferecer um espaço de descontração para que pessoas de diferentes setores se conheçam melhor, aumentando a afinidade entre os times, as comemorações são boas oportunidades para promover a imagem da empresa e estimular o processo de identificação empresa-empregado. Equipe entrosada entre si e engajada com os propósitos empresariais faz diferença no processo produtivo. Por isso, ao organizar um evento corporativo, é preciso cuidado e coerência.
Considerar o público-alvo e a motivação da festa é essencial. Se for algo voltado para os colaboradores, deve-se pensar em um formato que se adeque e seja confortável para todos os profissionais da empresa, desde o pessoal que auxilia na limpeza até a alta direção. Não fazer distinção durante a festa também é muito importante. As mesmas comidas e bebidas, por exemplo, devem ser servidas para todos os convidados. Tudo isso fará com que as equipes se sintam prestigiadas pela empresa.
Além disso, a liderança da organização deve ser a anfitriã do evento não apenas “no papel”. São nessas ocasiões que um bom líder consegue, aparentemente, se desvincular de seu título e posição para conquistar a admiração de seus liderados enquanto colega de trabalho, mas claro, sem passar do ponto na informalidade e sem desconsiderar que é o líder.
O sistema de remuneração variável, em que os profissionais recebem, além do salário fixo, adicionais e compensações financeiras conforme seu desempenho, tem sido uma iniciativa das empresas com o propósito de obter da equipe maior compromisso, empenho e satisfação com o trabalho. Porém, não é difícil encontrarmos organizações frustradas com o resultado desse projeto e que fracassaram ao tentar implantar o sistema. Mas por que isso acontece?
Muitos sistemas de remuneração variável não são bem sucedidos porque falta clareza em seus objetivos e na lógica de seu funcionamento. E quando isso acontece, acabam gerando mais problemas do que efetivamente motivando os empregados. Numa empresa em que as pessoas não têm visibilidade do seu papel na cadeia produtiva e de como seu trabalho contribui para que a organização alcance os resultados almejados, é muito provável que os adicionais financeiros sejam vistos apenas como um dinheiro que entrou a mais no fim do mês, sem qualquer significado motivacional ou de associação ao desempenho.
Então, para que realmente cumpra o seu papel, o sistema de remuneração deve, além de ser consistente e voltado para a dinâmica, estratégia e eficiência dos negócios da organização, ser intensamente divulgado internamente e ter certeza que todos compreenderam o seu lugar e papel no processo produtivo e como ganharão mais com a melhoria do desempenho. É extremamente importante que todos os profissionais da organização conheçam a lógica e os critérios do sistema, evitando expectativas irreais geralmente criadas por falta ou confusão de informações.
Outro ponto importante é ter em mente que as pessoas tendem a orientar as suas atitudes usando como referência a maneira como são avaliadas, portanto, os parâmetros e critérios de mensuração de desempenho precisam ser aqueles que fazem a diferença no processo produtivo e nos resultados, evitando o sentimento de equipes com desempenho espetacular, mas sem impacto significativo nos números da empresa.
Muitas empresas ainda acreditam que o compromisso e a fidelidade do empregado estão relacionados diretamente à remuneração, mas essa não é a única forma de recompensar e reter o profissional. A experiência mostra que questões como produtividade e motivação estão atreladas, principalmente, a outros fatores, que superam o interesse na questão financeira.
Seria muito mais fácil para as organizações (principalmente as financeiramente saudáveis) se para serem vistas como um bom lugar para trabalhar bastasse apenas oferecer bons salários. Porém, não é bem assim que a realidade se mostra. Não são raras as empresas que dispõem de uma política de cargos e salários agressiva e estruturada, mas que mesmo assim não conseguem reter talentos nem ter uma equipe 100% motivada.
Isso acontece principalmente quando as organizações desconsideram o que os profissionais mais buscam hoje, que é um lugar que ofereça perspectivas de crescimento, em que eles enxerguem uma razão para trabalhar, que entendam a real importância das suas funções na complexa engrenagem dos negócios e se sintam reconhecidos. E existem alternativas simples e efetivas para fazer isso e que não envolvem altos custos financeiros.
Neste sentido, vale investir em atitudes como convidar os profissionais que mais se destacam para assumir novos desafios ou se envolverem em projetos desafiantes, integrar grupos de estudo focados em um projeto estratégico para a empresa, por exemplo, ou até mesmo, em datas comemorativas ou momentos especiais, se utilizar das placas de homenagem para aqueles que têm “tempo de casa” ou o melhor desempenho, o que ajuda a formalizar e tornar público o elogio ao empregado.
São atitudes simples e, muitas vezes, com efeitos mais efetivos e compensadores do que a própria remuneração em si.
Omitir, relativizar ou optar por seguir caminhos mais cômodos diante de um conflito ou erro é um mecanismo de defesa comum do ser humano, já que temos a tendência de buscar formas para desviar de situações difíceis. No âmbito profissional, no entanto, é preciso tomar cuidado para não amenizar um problema criando outro muito maior.
No dia a dia de trabalho, é comum encontrarmos profissionais que preferem optar pelos caminhos mais fáceis, principalmente quando envolve alguma situação de difícil trato ou quando sabem que outras pessoas não irão reagir bem à questão. Porém, muitas vezes, escolher contornar o problema ao invés de encará-lo de frente é uma grande armadilha.
Como já diz o ditado, “uma pessoa imatura foge dos problemas, já uma pessoa madura procura soluções para esses problemas”. Ou seja, quem não assume as suas responsabilidades foge da obrigação de responder pelo que fez. Essa atitude rompe os compromissos e, claro, também quebra a confiança.
Isso porque, ao optar pelo caminho mais cômodo, muitas vezes assumimos decisões que no futuro não teremos condições de sustentar, e o problema acaba tomando uma proporção muito maior. Em resumo, fugir da realidade nunca é o melhor caminho, já que as dificuldades serão apenas minimizadas por um tempo, mas continuarão ali, sem uma solução definitiva.
Nesses casos, o ideal é explicitar e buscar condições para enfrentar o desconforto, para encarar e resolver a situação de frente.