O mito da perfeição
Ser o melhor na área em que atua, fazer todos os cursos disponíveis no mercado, ter um currículo de excelência, não cometer erros, conquistar uma promoção atrás da outra para chegar no topo o quanto antes e ganhar muito dinheiro. Todas essas conquistas definem um padrão de profissional “feliz e realizado”, aquele que é bem-sucedido, que sempre soube exatamente qual era o seu propósito de vida e conseguiu alcançá-lo. No entanto, a busca desenfreada por esses ideais poderá vir acompanhada de muitas frustrações, angústias e arrependimentos.
Muita gente ainda associa o conceito de felicidade e realização unicamente ao sucesso profissional, já que ele nos traz a sensação de prestígio e poder. É claro que devemos construir um projeto claro de futuro e buscar concretizá-lo, mas com a consciência de que não é só a dedicação à carreira profissional que nos fará completos e realizados.
A grande verdade é que quase sempre as coisas não acontecem como a gente quer. Não podemos desanimar diante de erros e falhas e nem achar que “tudo está acabado porque descobriu que não tem as competências necessárias para ocupar uma função mais estratégica”. Profissionais bem-sucedidos não são perfeitos e nem precisam ser para se sentirem realizados e felizes.
É normal e humano errar, sentir raiva, inveja, tristeza e insatisfação com o rumo da própria vida de vez em quando. Isso não quer dizer que você falhou ou que sua vida é um verdadeiro fracasso. Mas como administrar as expectativas em relação a si mesmo e minimizar as frustrações?
A resposta é simples: equilíbrio. Saber gerenciar as próprias emoções e ter a vontade de buscar a sua melhor versão sempre, mas sem desconsiderar os limites. Aquilo que nossa consciência determina por imperfeição pode ser transformada na força que nos impulsiona para uma vida plena e sem culpas por não alcançarmos o impossível.