Um dilema que afeta a produtividade das empresas é a falta de organização dos profissionais quanto às férias escolares de seus filhos. Muitas vezes, o empregado precisa interromper a sua jornada de trabalho para resolver questões ligadas à nova rotina da criança – um problema que pode ser contornado com um pouco de planejamento.
Diferente de uma eventualidade, como uma doença ou emergência familiar, de forma geral, os pais são comunicados desde o início do ano sobre os períodos de férias e de recessos dos filhos. Isso significa que não há razão para não tentar programar atividades ou mesmo encontrar alguém que possam cuidar dos pequenos nesse período.
Como esse é um momento de lazer e descanso para as crianças, é importante entretê-las com passeios, colônias de férias, programas em clubes e atividades afins. Por isso, mantenha-se informado, ao longo do ano, e principalmente perto das férias, para saber onde e quando essas atividades vão acontecer. Escolha aquelas que estejam alinhadas ao seu horário de trabalho.
As experiências positivas são várias. Existem relatos de grupos de pais que fazem atividades revezadas, nas quais um pai, uma mãe ou um casal fica responsável pelas atividades de um grupo de crianças naquele dia, enquanto outros pais trabalham. O mesmo já acontece em alguns condomínios e em grupos de vizinhos que programam coletivamente as atividades recreativas.
E lembre-se: é importante se cercar de uma rede de apoio responsável e de confiança. Do contrário, ao invés de arranjar uma solução, o profissional pode acabar com outro problema e mais dor de cabeça, o que vai refletir diretamente no seu desempenho e produtividade no trabalho.
A grande maioria dos profissionais espera ansiosamente pelo momento em que vai poder desfrutar dos seus dias de descanso, mas a verdade é que nem todos conseguem aproveitar as férias como deveria. Isso porque, apesar de ser um período de relaxamento, a falta de programação pode acabar se tornando uma armadilha.
São muitos os profissionais que voltam das férias reclamando que não fizeram nada de interessante ou que tiveram imprevistos que acabaram atrapalhando as atividades que haviam idealizado. A causa mais comum, nesses casos, é a falta de um planejamento mínimo para este período tão esperado.
Pode não ser tão rigoroso quanto o planejamento que se faz com as demandas do trabalho, por exemplo, e na verdade nem deve ser assim, a ponto de transformar algo que deveria ser relaxante em motivo de estresse, mas o mínimo de organização é essencial para o profissional que quer aproveitar a folga da melhor forma possível.
Neste caminho, é importante definir com cuidado em qual época do ano deseja tirar as férias, a quantidade de dias de afastamento, onde gostaria de ficar (em casa ou viajando), quais atividades pretende realizar e, principalmente, deixar tudo muito bem coordenado no ambiente de trabalho para não precisar ser acionado caso haja alguma eventualidade.
Se vai aproveitar o tempo livre para colocar a saúde em dia, por exemplo, o ideal é já começar a marcar as consultas antes de entrar de férias, para garantir as vagas no período desejado. Caso a opção seja por viajar, é interessante pesquisar e organizar o roteiro com antecedência, para não perder um tempo que poderia ser melhor utilizado conhecendo uma nova cultura ou desfrutando de um momento de relaxamento.
Momentos mais tensos, em que duas ou mais pessoas não se entendem, são muito comuns no nosso dia a dia, e dentro das empresas não é diferente. É nessas horas que o gestor precisa tomar a frente para mediar o conflito e trabalhar em uma solução, porém atentando sempre para a imparcialidade.
A mediação de conflitos passa pela capacidade do gestor de manter um posicionamento focado na administração do problema. Entendemos que muitas vezes ser imparcial é uma tarefa difícil, pois envolve afinidade, e não temos como escolher gostar mais ou menos de uma pessoa.
Porém, por mais que a tendência natural seja a de apoiar o lado com o qual se tem mais proximidade, o gestor precisa pensar nos interesses da empresa em primeiro lugar, e alimentar um conflito de forma alguma será benéfico para a produtividade do grupo. E quando o problema envolve pessoas de equipes diferentes, de outras áreas da empresa, é preciso ainda mais cuidado neste trato.
O ideal neste caso é buscar o gestor da equipe em questão para alinhar a conduta diante do caso e mediar uma resolução. Sem “puxar a sardinha” para o seu lado ou reforçar a briga fazendo julgamentos precipitados antes de ouvir todos os envolvidos. Adotar essa conduta passa mais confiança aos envolvidos, pois eles percebem que a balança não está pendendo para um dos lados.
Quando um conflito é resolvido de forma direta e clara, todos saem ganhando. O gestor reforça a sua credibilidade diante da equipe, os empregados ficam menos propensos a desentendimentos e a empresa passa a ter um ambiente organizacional mais saudável, sem espaço para sentimento de injustiça.
Todas as empresas familiares, em algum momento, irão passar por um processo de sucessão. E pela delicadeza do tema, é comum encontrarmos organizações que optam por fazer a passagem do comando sem muito planejamento, na maioria das vezes, buscando receitas prontas ou copiando algum plano executado por outra empresa. Porém, é preciso cuidado, porque o que deu certo em uma organização, pode não funcionar para outra.
Pesquisas revelam a dimensão do problema da sucessão na empresa familiar. A estimativa é de que apenas 30% das organizações sobrevivem à mudança para a segunda geração. E um dos motivos que mais contribuem para esse cenário pessimista é justamente a sucessão mal conduzida.
Por isso, é tão importante que o plano de sucessão seja singular, ou seja, pensado e estruturado levando sempre em consideração a estratégia da empresa e o perfil da família. É um caminho que precisa ser compartilhado com os familiares, patrocinados por aqueles que estão no comando hoje e respeitado por quem quer comandar no futuro.
Quando o alinhamento do processo de sucessão não acontece e as decisões são tomadas por alguns e apresentadas para os outros como fato consumado, aumentam as chances de conflitos e divergências entre os integrantes da família empresária, na medida em que os ânimos podem ficar mais acirrados, e as chances da transição dar certo já começam em baixa.
Em resumo, a dica é: não existe um “Ctrl C, Ctrl V” quando o assunto é sucessão. O que vale é temperar a “receita da singularidade” a gosto, levando em conta a história, perfil e relacionamentos muito particulares de cada empresa familiar. E depois, compartilhar.
O mercado está cada vez mais exigente e competitivo, e para se manter relevante, o profissional precisa pensar fora da caixa e ser criativo. Mas o que significa, realmente, ser uma pessoa que pensa de forma inovadora?
Muita gente ainda confunde inovação com criatividade. Porém, são dois conceitos diferentes. Não é preciso ser uma pessoa super criativa para ter ideias inovadoras. Inovar significa pensar diferente, buscar novas formas de olhar o que já existe. É conseguir fazer a mesma coisa de outra forma, mais eficiente.
É importante lembrar que, para inovar, não são necessários altos investimentos ou que só vale para as grandes empresas. Na verdade, a inovação pode e deve ser usada nas pequenas coisas. E se pararmos para pensar, temos a chance de inovar todos os dias em nossa rotina profissional, independente da área de atuação.
Mas, para exercitar a inovação, é preciso ter disposição. É importante sair do “piloto automático”, criar o hábito de refletir sobre o trabalho constantemente e estar sempre atento ao que pode ser melhorado. Criar grupos para pensar em soluções e fazer brainstorms em conjunto, promovendo discussões saudáveis, também ajuda e muito a exercitar a visão inovadora.
Além disso, é preciso atentar para o fato de que as melhores soluções podem surgir de onde nem se imagina e é longe da pressão do dia a dia que, normalmente, saem as melhores ideias. Ler, assistir filmes, estar atento às tendências, conversar com pessoas de outras áreas. Tudo isso pode ser um gatilho para a inovação.
Alinhar o discurso entre as lideranças, seja nas pequenas ou nas grandes empresas, é essencial para que os projetos saiam do papel e se tornem realidade com menos dificuldades e mais envolvimento da equipe. Discursos múltiplos, divergentes e informações desencontradas deixam as equipes mais tensas, confusas e inseguras. O desafio é deixar tudo as claras.
Porém, nem todo mundo entende a importância do alinhamento das decisões e ideias, por exemplo, e não dar atenção a isso pode transformar o que poderia ser um diferencial em um problema. Quanto maior é a empresa, mais complexo é fazer esse alinhamento, já que profissionais de setores diversos podem estar envolvidos em um mesmo processo, embora não façam parte do mesmo time.
Se as ações dos gestores não estiverem combinadas e claras, corre-se o risco de algum integrante da equipe, com boa ou má intenção, colocar palavras na boca de outro líder ou até mesmo expor situações nas quais um gestor desdiz o que o outro havia falado. Fatos como esses geram retrabalho e desgastes, além de dúvidas e inseguranças que impedem o andamento dos projetos.
Assim, é fundamental viabilizar o alinhamento entre as diferentes áreas e gestores da empresa e garantir que as informações necessárias para a realização dos processos estejam disponíveis e claras para todos os empregados envolvidos, buscando evitar o surgimento de gargalos, boatos e fofocas que prejudicam o desempenho da organização como um todo.
Presentear quem nós amamos no final do ano é um prazer que pode se tornar um tormento se não houver um bom planejamento. Os gastos podem sair do controle na busca por presentes e levar a pessoa bem intencionada a já iniciar o ano novo com dívidas ou ainda mais endividada.
Para não desequilibrar o orçamento na época do Natal, o ideal é começar fazendo uma lista de presentes. Mas ao invés de listar quem você quer presentear, ponha no papel quem não pode deixar de receber uma lembrancinha. Em segundo lugar, seja realista sobre o quanto você vai poder gastar com essa demanda.
Uma saída para gastar menos é procurar por presentes alternativos aos que se vendem nos grandes centros de compras. No fim do ano, muitas instituições sociais fazem bazares com bons itens a preços menores, por exemplo. Uma alternativa pode ser comprar produtos artesanais, de pequenos produtores, como aromatizadores de ambiente e artesanatos em geral.
Uma terceira via é aproveitar suas habilidades e fazer você mesmo um presente. Se você tem dotes culinários, aproveite o momento para presentear com a sua produção caseira. Até mesmo um cartão personalizado pode ser uma alternativa de lembrança para uma pessoa querida.
Mas se ir às compras for essencial, o ideal é fazer isso com antecedência. Quanto mais próximo do Natal, menores serão as opções e maior será a possibilidade de gastar mais do que deveria. E lembre-se: mais vale a lembrança do que o valor do presente. A pessoa que recebeu provavelmente vai ficar mais feliz com a sua intenção de presenteá-la do que com o valor gasto nessa missão.
Através das ferramentas trazidas pela internet e novas tecnologias, a comunicação digital e escrita tem estado, cada vez mais, presente em nossas vidas. E-mails, conversas em aplicativos de mensagens instantâneas, redes sociais que conectam pessoas de todo o mundo. Tudo isso ajuda e muito no dia a dia, mas também pode trazer grandes dificuldades, inclusive para a vida profissional.
Os avanços da tecnologia têm nos levado a passar cada vez mais tempo em atividades solitárias, tais como o uso do computador, do celular, de jogos eletrônicos, etc. E isso é percebido desde os primeiros anos de vida desta nova geração, que praticamente já nasce sabendo como usar os equipamentos eletrônicos, principalmente os smartphones.
Porém, o que percebemos é que, por trás da ilusão de vida social e interação que as redes sociais e aplicativos de mensagens sugerem, esta dependência está criando pessoas cada vez mais individualistas, introvertidas e isoladas, e isso pode influenciar diretamente no desenvolvimento profissional.
Não é difícil encontrarmos hoje, no mercado de trabalho, pessoas que não conseguem se envolver com os demais integrantes do grupo, que estão presentes apenas fisicamente, alheias a todas as discussões que não coincidam com suas próprias ideias. São pessoas quase que viciadas em se comunicar somente através do virtual, que deixam de lado os relacionamentos interpessoais e praticamente não investem no networking, dois aspectos tão importantes para o crescimento profissional.
Como esta “dependência” da internet é algo tão comum nos dias atuais, os líderes vão precisar monitorar e regular esse comportamento da sua equipe, sendo ele mesmo um bom exemplo. É preciso reforçar, estimular e promover, diariamente, a conversa presencial, a troca de experiências e opiniões, a interação dentro do ambiente de trabalho. Do contrário, ficará cada vez mais difícil nos diferenciar das máquinas que já tomam conta de grande parte do nosso dia a dia.
A desigualdade entre homens e mulheres existente no mercado de trabalho é uma realidade. Estudos sobre o tema apontam que pode levar até 217 anos para que haja condições equivalentes entre esses gêneros. No entanto, alguns comportamentos podem fazer toda a diferença, desde já, na ascensão da carreira da mulher e para tirá-la dessa estatística de desequilíbrio.
Primeiro, é importante que a mulher não internalize essa diferença e se coloque numa posição de inferioridade. É preciso acreditar na sua capacidade, no seu projeto profissional e fazer o que deve ser feito para responder com competência às responsabilidades inerentes à posição ocupada, mesmo que seja numa função ou segmento predominantemente masculino.
Muitas profissionais ainda caem em armadilhas como o pensamento de “vou ficar mal falada” e deixam de fazer networking e dar visibilidade ao seu trabalho por não se sentirem seguras para ir a eventos de trabalho à noite ou compartilhar uma mesa com colegas executivos, por exemplo. Tudo isso pode ser um reflexo de crenças e atitudes machistas da nossa cultura e da sociedade como um todo, inclusive vindas das próprias mulheres.
É importante ter em mente que ter sucesso profissional pode significar enfrentar algumas situações desconfortáveis e preconceituosas. A exemplo do discurso de que “quem cuida da casa e das crianças é a mulher” que está, cada dia mais, ultrapassado e fora de moda. Recuar ou dar ouvidos a comentários machistas pode ser uma grande ameaça.
Na verdade, profissionalmente, homens e mulheres são cognitivamente capazes de desempenhar as mesmas funções. Existem diferenças físicas e biológicas, como a gravidez, por exemplo, que exige um olhar e um tratamento diferente, mas intelectualmente ambos são iguais e merecem ser tratados como tal. Por isso, é importante que as empresas tenham uma cultura de diversidade que ofereça condições iguais a todos, sem preconceitos ou discriminações.
Uma das mais delicadas tarefas do gestor está em construir, no dia a dia, uma imagem que seja positiva para seus liderados e para a empresa, ao mesmo tempo. Para que haja essa convergência, é preciso que o profissional esteja, o tempo todo, refletindo sobre sua própria conduta.
Isto porque, muitas vezes, algumas atitudes e intenções do gestor, mesmo sendo positivas para os empregados, não são boas para a empresa, e vice-versa. São vários os gestores que pensam ser “super-heróis” para suas equipes, mas são vistos, na verdade, como pessoas sem representação e credibilidade. Como consequência, ele perde o respeito e a admiração da equipe e o exercício da autoridade fica comprometido.
Para se ter uma boa imagem, o primeiro passo é fazer uma autoanálise sincera e pertinente em relação ao perfil de competência desejado para a função que desempenha e aos seus anseios profissionais. Pense sempre nos atributos de qualidade desejados e avalie se o seu conhecimento e comportamento condizem com essas qualificações. Reveja situações que você já viveu dentro da empresa ou mesmo fora do ambiente de trabalho e reflita se tomou a melhor decisão possível, o que poderia ter feito diferente e como pode melhorar a partir de agora. Muitas vezes, nas nossas atitudes, somos guiados pelos sentimentos, mas quando se está em uma posição de liderança, é preciso, em determinadas situações, adotar uma postura mais objetiva e racional.
O segundo passo é abrir um canal para receber feedbacks, também, de pares e equipes. Ouvir o que as pessoas têm a dizer sobre a sua conduta e estar aberto a receber as críticas e sugestões. Mas não basta somente entender, é importante, a partir das percepções levantadas, traçar um plano de melhoria, reforçando os aspectos positivos e buscando alternativas para minimizar as fragilidades, de forma a atender não só aos interesses da equipe e da empresa, mas, principalmente, as próprias expectativas.