Punir para engajar. Faz sentido?
Não são raras as queixas de gestores que dizem não conseguir fazer com que suas equipes cumpram o seu papel com comprometimento e qualidade. E na tentativa de reverter esse quadro, recorrem aos sistemas de punição. Mas será que este é o melhor caminho?
Atrasou, é descontado no salário. Quebrou algo, tem que arcar com o prejuízo. Essas são algumas atitudes constantes de gestores que só encontram na punição uma forma de reverter comportamentos tidos como inadequados. Porém, se o projeto é ter equipes estáveis, motivadas e engajadas, não existe, na história da gestão de pessoas, evidências de que isso funcione.
A experiência pode comprovar que, em se tratando de motivar as pessoas, para se dedicarem mais as suas tarefas, adotarem um novo comportamento, serem mais comprometidas, entre outras, as práticas de reconhecimento e recompensa são consideradas uma estratégia mais eficiente do que a punição. Isso porque o clima de medo gerado em um ambiente onde a prática de punir é constante, faz com que os empregados se retraiam, ao invés de se engajarem.
O incentivo, no geral, sempre é o melhor caminho. Reconhecer, valorizar e divulgar os desempenhos que se sobressaem, criar programas com critérios para acompanhar os resultados positivos com indicadores claros e amplamente conhecidos pelos empregados são boas estratégias. E, ao contrário do que muitos ainda pensam, celebrar e reconhecer não significa necessariamente fazer festas, gastar dinheiro ou dar prêmios.
Muitas vezes, um elogio em público ou um feedback positivo é suficiente para creditar um mérito e engajar os profissionais. Ao fazer isso, o gestor mostrará que as boas práticas são cultivadas, reconhecidas e valorizadas, contagiando o grupo a trabalhar de forma mais eficiente e a administrar as possibilidades de erros e falhas. Se os ganhos são comprovados, por que não tentar?