Competição excessiva entre gestores pode comprometer produtividade
Sabemos que a sinergia e cooperação entre os diversos setores de uma empresa são dois fatores essenciais para que elas se mantenham saudáveis e produtivas. No entanto, não raro encontramos organizações em crise, “divididas” internamente por causa do individualismo e da competição excessiva das suas lideranças.
É fato que não é possível imaginar um ambiente livre de competição, já que este sentimento é inerente ao ser humano. O que não pode acontecer é deixar que o nível de competitividade entre as pessoas seja tão alto a ponto de impedir que haja solidariedade e colaboração no trabalho.
Na prática, o que muitas vezes encontramos nas empresas é um ambiente de excessiva disputa em que a competição é estimulada pelas próprias lideranças. Implantam-se práticas que evidenciam resultados individuais, e não do grupo, instrumentos de acompanhamento que forçam comparações entre as pessoas, etc.
Além disso, não são raros os casos de gestores que adotam uma postura de disputa com as demais áreas da empresa, que não incentivam que suas equipes colaborem com outros setores e, até pior, que omitem informações importantes dos colegas. Esse tipo de comportamento pode até colocar o negócio em risco.
Ao contrário do que muitos pensam, promover a competição de forma excessiva pode não ser uma boa estratégia para atingir os resultados. A linha entre a competição saudável e aquela que traz prejuízo à empresa é muito tênue e se as práticas não forem bem acompanhadas e com atenção permanente ao projeto coletivo, pode gerar ações individualistas e deslealdade entre as pessoas.
Portanto, os interesses de um gestor não podem, de forma alguma, se sobrepor ao projeto coletivo da empresa. Além disso, eles precisam dar o exemplo para suas equipes, incentivando a colaboração e o respeito entre todos. No fim das contas, o efeito multiplicador dessas atitudes com certeza fará diferença no seu próprio desempenho e no da organização.