Abandonar o controle financeiro não é a solução
Em momentos de crise e recessão como esse que estamos enfrentando, não é difícil encontrar alguém que esteja passando por dificuldades financeiras e que, ao invés de buscar resolver o problema efetivamente, tenha optado simplesmente por ignorá-lo, achando que assim vai diminuir a angústia do endividamento. São pessoas que evitam olhar o extrato bancário ou que até mantém um acompanhamento de gastos, mas que quando veem as contas entrando no vermelho, preferem não ver e “abandonam os instrumentos e mecanismos de controle”. Mas, na prática, quais são os riscos dessa decisão?
No senso comum, ter saúde financeira significa que existe um equilíbrio entre o dinheiro que sai e o que entra. Saber disso e acompanhar sistematicamente se as contas estão fechando no “azul” não exige que a pessoa seja especialista na área de finanças. É algo básico e que simples ferramentas de controle podem resolver.
Entretanto, o que vemos são pessoas se endividando cada vez mais e, pior, muitas sequer têm noção disso ou optam por “fechar os olhos” para o problema para não se frustrarem. Porém, uma coisa é certa: adiar a solução ou abandonar o controle não vai fazer a dívida desaparecer, pelo contrário. Só vai gerar o famoso efeito “bola de neve” e aumentar o problema e suas consequências.
A conta do descontrole virá de toda forma e com ela a sensação de ter que correr para sanar um prejuízo que, na grande maioria das vezes, já tomou uma proporção tão grande que se torna muito mais difícil e angustiante de resolver. É importante estancar o processo antes que suas consequências levem a impactos negativos no desempenho profissional.
Por isso, a dica de ouro é: não desista do controle financeiro, mesmo diante das dificuldades! Ele é extremamente necessário para nos situar na realidade que estamos vivendo e indicar até quanto podemos gastar no dia a dia sem cair na armadilha do endividamento.