Vale a pena recontratar um ex-empregado?
Recontratar um ex-empregado – por mais positiva que tenha sido a experiência anterior – tem suas vantagens, mas também alguns riscos e, por isso, é preciso avaliar com cuidado para não tomar uma decisão precipitada.
Se você é gestor e pretende dar uma segunda chance a algum antigo colaborador, o primeiro passo antes de decidir pela recontratação deve ser verificar se a empresa permite ou não esta prática, além de checar questões legais que precisam ser atendidas, como, por exemplo, o tempo entre a demissão e o possível retorno.
Caso a recontratação seja legal e permitida pela política de RH da empresa, é hora do segundo passo: levantar o real motivo da saída do profissional. A demissão pode ter sido ocasionada, por exemplo, por corte de gastos, e não por falta de alguma competência, e isso seria um bom argumento para a recontratação. Porém, é preciso entender se a razão do desligamento teve alguma relação com as habilidades, postura e até mesmo caráter do profissional, caso contrário, pode-se estar decidindo pelo retorno de um problema já sanado no passado na ocasião da demissão.
Caso o cenário seja positivo, a recontratação pode ser uma boa alternativa e trazer ganhos. Contratar alguém que já conhece a empresa, sua cultura, história e a função, certamente são pontos favoráveis. Isso porque, quando se traz um novo profissional do mercado, é preciso tempo, disposição e às vezes até aporte financeiro para treiná-lo e integrá-lo à equipe.
Além disso, uma recontratação pode gerar um compromisso maior com a oportunidade quando o profissional enxerga a aposta que a empresa está fazendo ao reintegrá-lo ao grupo e a chance que está sendo dada a ele. Mas uma premissa importante para o sucesso dessa nova contratação é que nenhum dos lados crie expectativas apenas com base na experiência passada. É preciso firmar novos acordos, normas de conduta e pactuar as entregas que serão exigidas. Uma experiência bem sucedida não é garantia de sucesso para as próximas.