Você se sente “batendo no teto”? Pode ser o efeito “glass ceiling”
Hoje em dia, é muito comum profissionais de diversos segmentos passarem por momentos de estagnação na carreira. Esse sentimento pode ter alguns fatores de origem, entre eles, o chamado efeito “glass ceiling”, que em português significa “teto de vidro” e refere-se a uma barreira invisível, resultante de uma série complexa de comportamentos das organizações, que impede alguém de alcançar ainda mais sucesso. Mas como podemos driblar esse efeito?
Antes de qualquer coisa, é importante que o profissional encontre os fatores de origem da estagnação de sua carreira. Entre as causas mais recorrentes estão: (1) o momento do próprio negócio ou da economia, (2) a empresa não tem uma política clara de carreira, (3) o próprio profissional não é o capitão de sua carreira e, portanto, não estruturou sua estratégia de crescimento e tem pouca visibilidade do que quer; ou ainda, (4) a empresa onde ele está inserido tem preferência por outro perfil de profissional ou estereótipo.
Quando a causa for a falta de um plano claro de carreira, uma solução pode ser discutir abertamente a situação dentro da empresa, com o gestor e o RH – e/ou buscar um suporte para montar sua estratégia profissional. Já no caso de sentir-se preterido em função de pré-conceitos, a resolução pode ser bem mais complexa.
Muitos estudos ainda apontam a existência, nas empresas, da discriminação de grupos sociais por questões de gênero, etnia ou origem social. Nem sempre isso é claro e, portanto, mais difícil de enfrentar. Isso pode estar refletido nas promoções e nas diferenças salariais. Caso você seja um profissional que está concorrendo a uma posição e sinta esse tipo de dificuldade, vale a pena conversar com o RH.
Avaliar com clareza os critérios para não ter sido promovido é fundamental para não deixar dúvidas quanto as suas reais oportunidades. O fato de ser mãe de filhos pequenos, por exemplo, não pode ser desculpa para uma postergação de promoção, sob a alegação de que você não conseguirá dar conta das responsabilidades. Esse tipo de pressuposto é, no mínimo, equivocado e preconceituoso.
Cada vez mais as empresas que se diferenciam no mercado vêm tratando essa questão e buscando alternativas que atendam ao equilíbrio entre vida profissional e pessoal, sem prejuízo para a produtividade. Cabe ao profissional avaliar se a empresa onde está inserido enfrenta essa questão e, caso não, buscar um lugar onde suas competências e potencialidades sejam melhor aproveitadas.