Os jovens profissionais e a remuneração
A grande tendência entre os jovens profissionais ou os que estão se preparando para o mercado de trabalho é pensarem com imediatismo quando o assunto é remuneração. Cada vez mais, eles estão avaliando e levando em consideração não só as melhores oportunidades para a carreira, mas a rapidez no retorno financeiro.
Empresas cujos programas de estágio e trainee oferecem salário e bolsa-auxílio maiores costumam ser as mais procuradas por quem se inicia na vida profissional. Os jovens que fazem essa opção devem estar atentos para o fato de que a maior parte dessas organizações que pagam acima da média, muitas vezes, mantém essa remuneração inicial até o final do programa.
Na ânsia de ter uma posição financeira mais atrativa já no início da carreira, eles esquecem outras condições fundamentais: (a) desenvolvimento de carreira; (b) clima organizacional; (c) cuidado com o gerenciamento de seu processo de desenvolvimento; (d) política de remuneração variável, que pode impactar no médio e longo prazos. Esta última é uma prática que valoriza o desempenho tanto da organização (resultados) quanto dos profissionais (metas).
Quando bem aproveitada pelo jovem profissional e pela empresa, a remuneração variável tende a ser mais vantajosa que a remuneração inicialmente melhor. Sendo assim, nem sempre é mais acertado aceitar a oferta da instituição que logo de cara paga mais, mas considerar também a proposta das que investem no desenvolvimento individual e da equipe — inclusive financeiramente.
De acordo com a última edição do Termômetro ÁgilisRH, uma sondagem realizada pela ÁgilisRH em diversas organizações públicas e privadas em Pernambuco, devido ao apagão de mão de obra qualificada, as empresas estão ficando mais atentas à importância de recompensar os bons profissionais para reter esses talentos. Portanto, não há necessidade de tanta ansiedade por retorno econômico logo de início. O mais interessante é, desde o começo, procurar as oportunidades que se tornem investimento para a carreira. Isso, sim, certamente fará diferença na remuneração no futuro.
Ter feedback positivo e compensação financeira do bom desempenho é algo estimulante para todo profissional, principalmente os jovens. É nesse princípio que se baseia a meritocracia, que pode ser bastante vantajosa também para as organizações, impulsionando a produção desde as esferas individuais, passando pelos grupos menores, até a corporativa.
Esses e outros aspectos da remuneração variável, você poderá acompanhar na próxima Conexão Profissional, que analisará os resultados da quarta edição do Termômetro ÁgilisRH.