Alt + Shift + C ir para o conteúdo Alt + Shift + M ir para o menu Alt + Shift + B ir para a busca Alt + Shift + F ir para o rodapé

Como não cair nas armadilhas da competição?

Publicado por:
10 ago

01.101

Quando falamos em competição no ambiente de trabalho, em geral, o primeiro movimento das pessoas é de associar a algo ruim e que deve ser combatido. Porém, é preciso entender que competir faz parte da natureza dos indivíduos e das relações; acontece no âmbito profissional, como também dentro de casa, entre irmãos, por exemplo. Neste sentido, negar sua existência, apesar de ser uma reação comum, não é a mais produtiva, afinal, é preciso ter bastante atenção para administrá-la de forma permanente, e usar alguns recursos para tirar proveito do que este sentimento pode oferecer.

No caso das relações de trabalho, são várias as situações em que a competição pode emergir: em épocas de avaliação de desempenho, nos momentos de escolha dos empregados destaques ou qualquer outro ranking que os diferencie, nas relações que se estabelecem entre colegas ou com o gestor.

Mesmo um simples elogio é capaz de mobilizar competição. E quando esse sentimento está mais acentuado, a relação passa a ser pautada pela inveja e os comportamentos de disputa ganham peso, ficando mais acirrada, as comparações acontecem de forma pouco construtiva, passam a serem comuns as tentativas de desmerecimento do outro, etc.

Como comentado anteriormente, tanto a competição como a inveja fazem parte das relações. Quantas vezes nos “pegamos” desejando estar no lugar de alguém ou ter algo que alguém tenha, ou até mesmo chegar aonde o colega chegou. Porém, é a intensidade e a forma que lidamos com esse sentimento que pode nos beneficiar ou nos prejudicar no relacionamento com as pessoas. Se canalizarmos a inveja para o campo da admiração, usamos esse sentimento para nos motivar e impulsionar a seguir um determinado caminho, reconhecendo de maneira positiva as conquistas do colega e o investimento feito para que chegasse aonde chegou.

Agora, quando passamos a nos preocupar mais com o desempenho do outro do que com a nossa própria atuação, desmerecendo os avanços e não reconhecendo o mérito do colega, é porque estamos deixando que a inveja predomine e impacte negativamente na relação, e quando a situação chega nesse nível, é preciso parar e tratar esse sentimento.

O primeiro passo é identificar que a competição está “desregulada” e assumir, sem medo ou vergonha do próprio sentimento. Apenas entenda que faz parte das relações humanas e busque administrar a situação da melhor forma possível, reconhecendo a competência e até mesmo os esforços do colega e usando as experiências como fonte de inspiração para conseguir atingir melhores resultados.