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Remuneração: lembre-se dela, mas não apenas dela

Publicado por:
25 abr

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O momento de escolher a profissão ou de planejar a carreira é permeado por uma série de incertezas. Questões como aptidão, mercado de trabalho e qualidade de vida pesam bastante nessa hora, mas, sem dúvida, uma das mais controversas e que gera discussões bastante calorosas é a remuneração.

Quem nunca foi aconselhado a escolher determinada profissão porque “paga bem”? Porém, se de um lado há os defensores da máxima “dinheiro não é tudo, mas é 100%”, de outro, muitos defendem que a remuneração é importante, sim, mas não é o único parâmetro para se medir uma carreira bem-sucedida e a realização profissional.

Ao optar por uma profissão, o jovem normalmente busca satisfação, visibilidade e sustentabilidade financeira. É aí que entra a discussão sobre remuneração. Porém, mais do que um meio para garantir a tão almejada independência, a remuneração também é uma maneira de o profissional perceber o valor do seu trabalho, uma forma de se sentir reconhecido e de ter seus esforços recompensados.

Já as empresas buscam proporcionar satisfação profissional, um bom clima organizacional e, claro, remuneração justa, de acordo com o que é praticado pelo mercado. Esta última é um importante meio para reconhecer e reter os talentos, ainda mais quando se trata de profissionais em funções estratégicas. Mas, afinal, o que seria essa tal remuneração justa?

Antes de mais nada, não se trata necessariamente de salários altíssimos, e sim compatíveis com a natureza do trabalho desempenhado e capaz de proporcionar ao profissional reconhecimento, sustentabilidade financeira e qualidade de vida. Nem tão baixa a ponto de prejudicar seu sustento (óbvio!) nem tão alta a ponto de se tornar um peso para a empresa e pior: dificultar a recolocação do profissional no mercado de trabalho caso ele queira ou precise trilhar outros caminhos.

Vale esclarecer que a remuneração vai além do salário direto, passa por pacotes de benefícios e remuneração variável oferecidos aos profissionais. Como satisfação e qualidade de vida interferem diretamente na produtividade e no comprometimento das equipes, as empresas têm optado por associar os pacotes de benefícios (planos de saúde, carro, celular e capacitações, entre outros) à política salarial, além de distribuição dos resultados financeiros para a equipe com base numa avaliação de desempenho. Com esses mecanismos de remuneração, aumenta a possibilidade de carreira e sucesso para o profissional e para a empresa.

Muitas empresas estão dispostas a pagar bons salários e oferecer ótimos pacotes de benefícios. Em contrapartida, buscam o que há de melhor no mercado: profissionais que investem em capacitação, com boa bagagem cultural, proativos e dispostos a superar desafios. Se você não tiver aptidão ou não se identificar com a carreira que escolheu, dificilmente terá esse perfil.

Como vimos, não dá para subestimar a importância de uma remuneração justa, mas precisamos ter sempre em mente que ela, sozinha, não é garantia de satisfação na carreira. Por isso, é arriscado fazer escolhas motivadas apenas pelos ganhos financeiros. Quando encontramos uma empresa que nos dá oportunidades de desenvolvimento profissional, possibilidade de carreira, bom clima de trabalho, onde construímos bons vínculos e nos identificamos com o trabalho, a tendência é nos sentirmos motivados e satisfeitos. E, via de regra, quando trabalhamos motivados, a boa remuneração é uma consequência natural.