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O gestor “amigo” da equipe e a função Representação

Publicado por:
16 maio

7.0estagio trainee

É comum encontrarmos jovens gestores, ainda pouco experientes, que usam a estratégia de serem “amigos da equipe” para atingir resultados. Entretanto, é preciso lembrar que não se gerencia uma equipe apenas na base da amizade.

Alguns gestores acham que para ganhar a concordância e serem legitimados por suas equipes precisam ser amigos, passar a mão na cabeça e fazer concessões, muitas vezes indevidas. Esse tipo de estratégia é bastante comum porque facilita a o relacionamento num primeiro momento, mas é bom ter em mente que essa atitude não se sustenta por muito tempo e que sua imagem como gestor pode estar em risco.

Os jovens que estão assumindo a função de gestão pela primeira vez precisam entender, o quanto antes, a complexidade da atuação gerencial. Vão precisar sim jogar no time da sua equipe, representá-los em seus pleitos na relação com a diretoria, por exemplo, mas também terão como responsabilidade a representação da empresa diante do grupo; isso significa fazer com que as normas sejam cumpridas e sustentar as determinações institucionais, inclusive aquelas mais incômodas. Este difícil papel gerencial é chamado de “dupla representação”.

Mas afinal, onde a “amizade” pode atrapalhar a função de representação? Bom, veja aqui um exemplo: a equipe pode criar a expectativa de que você, amigo de todos, vai defender suas causas e conseguir sucesso em pleitos (às vezes antigos) negados pela diretoria. Diante de uma tentativa frustrada você terá que levar à equipe um retorno negativo. A atitude mais comum nessas situações é de que você, para se proteger e com medo de arranhar a imagem de “parceria”, explicite que foi a diretoria que não autorizou apesar do seu voto a favor. Pronto, está formado o problema. Você pode não perceber de imediato, mas essa postura fragiliza sua imagem junto à equipe (que pensa que tem um gestor fraco e incapaz de lhe representar) e prejudica a relação institucional.

Portanto, fiquem atentos: o vínculo de amizade é possível, mas o mais importante é conseguir estabelecer desde o começo uma relação de respeito e com clareza do lugar de cada um. Confundir o vínculo pode aumentar e muito o potencial dos conflitos dentro da própria equipe e junto à empresa.