Demissão exige cuidados com quem fica na empresa
Quando é preciso desligar um empregado, é muito comum que as empresas façam planos para minimizar os impactos financeiros e para se livrar dos possíveis desconfortos. E nessa direção, uma prática recorrente é a da demissão inesperada e/ou logo após o retorno das férias. Mas será que a apreensão e a insegurança que essa forma de encerrar um vínculo de trabalho gera naqueles que permanecem na empresa vale a pena?
Sabemos que, principalmente durante épocas de crise e instabilidade econômica, é preciso, sim, enxugar custos e fazer economias. Mas também é necessário ter atenção para os efeitos disso no clima organizacional. Demissões surpresa, sem explicações ou avisos, ou ainda logo após as férias, com certeza irão instalar um clima de insegurança e terror entre as equipes, afetando o engajamento e produtividade dos empregados que ficam, afinal, não é saudável instaurar o sentimento de “quem será próxima vítima”.
Uma recomendação importante para os gestores é colocar para as equipes, da maneira mais transparente possível, que situações de desligamento ocorrem em qualquer lugar, que às vezes é necessário em função de algum desalinhamento entre empregado e empresa ou por alguma necessidade da própria organização. Demissão, infelizmente, faz parte. No entanto, para não se instalar o pânico, vale, a cada demissão, os líderes deixarem claros os motivos que levaram à tomada de decisão, sem expor desnecessariamente as pessoas demitidas.
Em resumo, as demissões, apesar de necessárias, podem ser muito traumáticas quando não são feitas com transparência. Mas, se forem conduzidas com clareza e respeito, tanto com quem sai quanto com quem fica, podem ser superadas com mais eficiência e rapidez, sem grandes danos ao clima organizacional.