A mulher no mercado de trabalho
A desigualdade entre homens e mulheres existente no mercado de trabalho é uma realidade. Estudos sobre o tema apontam que pode levar até 217 anos para que haja condições equivalentes entre esses gêneros. No entanto, alguns comportamentos podem fazer toda a diferença, desde já, na ascensão da carreira da mulher e para tirá-la dessa estatística de desequilíbrio.
Primeiro, é importante que a mulher não internalize essa diferença e se coloque numa posição de inferioridade. É preciso acreditar na sua capacidade, no seu projeto profissional e fazer o que deve ser feito para responder com competência às responsabilidades inerentes à posição ocupada, mesmo que seja numa função ou segmento predominantemente masculino.
Muitas profissionais ainda caem em armadilhas como o pensamento de “vou ficar mal falada” e deixam de fazer networking e dar visibilidade ao seu trabalho por não se sentirem seguras para ir a eventos de trabalho à noite ou compartilhar uma mesa com colegas executivos, por exemplo. Tudo isso pode ser um reflexo de crenças e atitudes machistas da nossa cultura e da sociedade como um todo, inclusive vindas das próprias mulheres.
É importante ter em mente que ter sucesso profissional pode significar enfrentar algumas situações desconfortáveis e preconceituosas. A exemplo do discurso de que “quem cuida da casa e das crianças é a mulher” que está, cada dia mais, ultrapassado e fora de moda. Recuar ou dar ouvidos a comentários machistas pode ser uma grande ameaça.
Na verdade, profissionalmente, homens e mulheres são cognitivamente capazes de desempenhar as mesmas funções. Existem diferenças físicas e biológicas, como a gravidez, por exemplo, que exige um olhar e um tratamento diferente, mas intelectualmente ambos são iguais e merecem ser tratados como tal. Por isso, é importante que as empresas tenham uma cultura de diversidade que ofereça condições iguais a todos, sem preconceitos ou discriminações.