Equipes não são autogerenciáveis
Não precisar se preocupar com o que seus liderados estão fazendo ou se o trabalho está sendo realizado no prazo e na conformidade é o grande desejo de vários gestores. Este anseio, no entanto, pode ser considerado como uma utopia, pois vai de encontro aos dois principais papeis do gestor: liderar e desenvolver pessoas.
Muito tem se falado sobre o recente conceito de “equipes autogerenciáveis”, aquelas que têm autonomia e responsabilidade o suficiente para cuidar das próprias entregas com excelência. Porém, isso não quer dizer que essas equipes não terão gerentes, regras ou limites, e que todos poderão decidir sobre tudo.
Por maior que seja o desejo do gestor de ter uma equipe disciplinada o suficiente para que ele não tenha que intervir em todas as pequenas coisas, é preciso lembrar que a sua figura é essencial para manter a ordem e garantir os resultados. Ou seja, é preciso dar autonomia sim, mas não basta só orientar uma vez e esperar que tudo ande conforme o esperado.
É papel indelegável do gestor acompanhar a equipe sistematicamente, estimular, corrigir os erros, lembrar dos prazos, motivar os empregados a produzirem mais e melhor e prover incrementos aos processos, buscando melhorá-los. Do contrário, a tendência é que aconteça uma acomodação, o que gera perda de produtividade e equipes pouco desenvolvidas.