Cuidado com o assédio moral
Muitas vezes, ao tentar alavancar os resultados e motivar a equipe, o gestor pode acabar ultrapassando certos limites, até mesmo sem perceber, e cair em uma grande armadilha: a do assédio moral. Este tema está cada vez mais em pauta nos bastidores das organizações e, por isso, é preciso atenção redobrada com a conduta profissional para não trazer prejuízos para a própria imagem e a da empresa.
Hoje, alguns comportamentos gerenciais que antigamente eram tidos como “normais” e defendidos como a melhor alternativa para atingir os resultados, estão sendo banidos e rechaçados pelo meio empresarial. O velho esquema de trabalhar na “linha dura”, com pressão exagerada, ameaças, chantagens e até humilhação dos profissionais não combina com um modelo de gestão mais estratégico, que pressupõe respeito, cuidado, estímulo e reconhecimento como o básico para termos equipes engajadas e comprometidas com os resultados.
Além desse tipo de atitude ir na contramão do desenvolvimento de equipes de alto desempenho e criar um ambiente de trabalho marcado pela frustração e desmobilização das pessoas, ainda é considerado crime pelas leis trabalhistas, podendo gerar um grande problema financeiro para a empresa e manchar a reputação do gestor e da organização perante seus clientes e parceiros.
Na busca por uma posição de destaque num mercado bastante competitivo, a questão legal é mais uma razão para as lideranças ficarem atentas aos seus comportamentos e atitudes, principalmente em momentos de tensão, que é quando falta paciência e o tom de voz costuma aumentar. Para não correr riscos, vale também evitar as brincadeiras que podem ser mal interpretadas e a disseminação de boatos, de fofocas e de fatos que possam gerar constrangimentos aos colegas de trabalho. Atitudes que num primeiro momento parecem “inofensivas” podem se transformar num complicado processo de assédio moral.