A diferença entre fiscalizar e monitorar
Em pleno século XXI, ainda é comum encontrar práticas gerenciais que enfatizam a centralização das decisões e o controle da equipe pela via de um padrão disciplinar rígido. É preciso atentar, porém, que este ideal de um gestor que fiscaliza todas as decisões simples ou complexas e que tem o domínio por completo de todas as ações dos seus liderados já demonstrou sua falta de eficácia e se tornou obsoleto.
Fiscalizar, no sentido de vigiar e punir, desencadeia um modo de relação pouco produtivo e vai na contramão do conceito de gestão estratégica. Na prática, é um modelo de trabalho que induz as pessoas a terem reações destrutivas e agirem impulsionadas pelo medo.
A experiência atual mostra que esse tipo de prática não é só ineficiente, como também contraproducente, podendo trazer consequências negativas para o desenvolvimento das equipes. Isso porque, quando se sente fiscalizado, o profissional tem a sensação de ameaça. Ele se sente tolhido no seu processo criativo por receio de fazer algo fora do aceitável e ter consequências desproporcionais.
Para aperfeiçoar a gestão e melhorar os resultados, o gestor precisa estar próximo da equipe, orientar e monitorar as tarefas, se colocar à disposição para tirar dúvidas, fornecer os recursos e as condições necessárias para que as atividades sejam executadas, acompanhar o andamento e fazer ajustes em tempo hábil, além de dar feedback contínuo e garantir que os prazos sejam cumpridos, mas sem caça aos erros.