Herdeiros de empresas familiares também precisam se capacitar
Jovens profissionais herdeiros de empresas familiares costumam entrar muito cedo nas organizações, investem em conhecer profundamente do negócio, mas acabam deixando de lado o investimento no próprio desenvolvimento. Porém, no longo e médio prazo, esse comportamento pode representar um risco para a longevidade de suas empresas.
O que vemos muitas vezes é que, os herdeiros, ao ingressarem na empresa da família, não consideram os estudos como algo prioritário. Alguns até interrompem a graduação, outros fazem sem muita dedicação de tempo, pois conciliar trabalho e estudo não é fácil e, para esses jovens, na balança de prioridades, o negócio da família está em primeiro lugar.
A questão é que não só a graduação é negligenciada, mas também outras formas de capacitação no formato de seminários, palestras ou workshops, por exemplo. Parece que esses profissionais acreditam que ter expertise no negócio é suficiente e que a prática dentro da empresa é a melhor escola. Não há dúvidas que são questões importantes, porém ficar distantes ou não ter conhecimento de temas ou práticas relacionadas ao negócio pode trazer limitações e aumentar a resistência a aceitar novas ideias e pensar em inovação.
Talvez, o fato desses jovens pensarem que seu lugar no mercado de trabalho está “assegurado” ou de seus avós e pais terem construído uma empresa bem sucedida sem ter completado os estudos explique esse movimento. No entanto, eles precisam entender que o mundo mudou, o mercado está mais competitivo e que, sem atualização, o futuro dos negócios estará em risco.
Nesse aspecto, os jovens profissionais herdeiros têm muito a aprender com os profissionais de mercado que estão sempre investindo no desenvolvimento para garantir a empregabilidade num cenário de negócios cada vez mais competitivo. Capacitação é oportunidade de articulação, de troca de experiências e, principalmente, de desenvolvimento novas ideias ou negócios.