Frustração com o Programa de Participação de Resultados
Cada vez mais as empresas têm adotado programas de participação de resultados como forma de premiar e valorizar os melhores desempenhos. Mas muitos profissionais passam a considerar o prêmio como algo garantido, o que é um equívoco.
Os programas de participação de resultados (PPRs) são uma importante ferramenta de gestão, pois são centrados na remuneração por resultados. E como o próprio nome diz, só se pode ter retorno se houver resultado. Isso implica no cumprimento das metas organizacionais, coletivas e individuais. A negociação dessas metas é um fator fundamental para que o programa seja transparente e justo. O cálculo a ser aplicado, no entanto, varia de companhia para companhia e depende da estratégia e das condições de cada negócio.
Quando o profissional é contratado, é importante que ele seja informado sobre a “regra do jogo”. Não importa o modelo, o que a empresa não pode deixar de fazer é explicar aos empregados como funciona a equação do programa. Do contrário, haverá dúvidas, ruídos e sensação de injustiça. Mas também é necessário que ele lembre que precisará mostrar um determinado desempenho para que faça jus ao ganho.
Muitas vezes a frustração está associada ao fato de se considerar a bonificação como algo certo e garantido. Por exemplo, se um profissional, nos últimos dois anos, conseguiu bater as metas e a empresa teve resultados positivos, ele pode ficar com a impressão de que a sua remuneração tem aquele patamar. Na verdade, o que é preciso considerar é que a distribuição só acontecerá se, novamente, as metas forem batidas e os resultados acontecerem.
Portanto é importante avaliar se a sua frustração não está associada ao fato de estar vivendo um período mais difícil de mercado e trabalhar para enfrentar esse momento.