Você sabe negociar sua remuneração?
Discutir sobre o salário costuma ser o momento mais desconfortável em uma entrevista de emprego. Para o profissional, é muito importante saber negociar uma remuneração adequada, mas antes de argumentar, é preciso lembrar que ambos os lados estão cumprindo seus papéis e não encarar este processo como uma luta entre antagonistas.
Dados do DIEESE divulgados em março deste ano apontaram uma diferença salarial média de 44,5% entre remuneração de homens e mulheres (em empresas de grande porte). Além de fatores culturais ainda remanescentes nas corporações, como a ideia de que as mulheres têm menor necessidade de remuneração, pois os homens são os “provedores” da casa, ainda existe o preconceito sobre a competência para a liderança compatibilizando com as demandas familiares. Por isso, existe a necessidade de aprender a negociar a remuneração logo nos primeiros contatos para a admissão.
Para tanto, é fundamental compreender a lógica de mercado para sua especialidade, comparar com o piso salarial praticado e valorizar-se na hora da contratação. Não se trata de ser arrogante, mas de utilizar dados reais para negociar o seu valor para a empresa. Lembre-se que a remuneração é composta por salário direto, remuneração variável e benefícios. O pacote deve ser compatível com a realidade e política da empresa e estar centrado nas competências nos e resultados esperados.
Além disso, conhecer-se como profissional e ter uma autoavaliação consistente pode ajudar a conduzir a negociação. Não desvalorizar-se na hora da entrevista porque tem medo de perder a oportunidade é fundamental. Conheça a concorrência e seja realista. E o mais importante: não foque apenas no salário. Itens como benefícios, plano de carreira e até a cultura da empresa devem entrar no seu balanço final. Olhe para a proposta de emprego como um todo e defina se é interessante ou não para seu futuro profissional.