Geração Y: expectativas e concessões
Nesta Conexão Profissional, encerramos a série referente ao segundo Termômetro ÁgilisRH, cujo tema é a Geração Y. A partir dos resultados dessa pesquisa, já tomamos conhecimento, nas duas edições anteriores, das principais características desses jovens e das mudanças que eles têm provocado nas relações de trabalho. Além disso, analisamos como conceituam a estabilidade profissional. Nesta edição, discorreremos a respeito do que eles esperam das empresas e de como acham que devem se portar para atender às expectativas delas.
A Geração Y assume para si os deveres habituais de qualquer profissional em relação à organização em que trabalha: disposição para trabalhar em equipe, incorporação da cultura organizacional, capacidade de assumir responsabilidades, comprometimento, visão sistêmica, entre outros atributos. Esses jovens, inclusive, parecem desenvolver desde cedo algumas dessas qualidades, como a facilidade de adaptação, o senso crítico e a agilidade. Outras, no entanto, também eram vistas em gerações anteriores, como o comprometimento e a incorporação da cultura organizacional. Como se percebe, nem tudo é específico da Geração Y.
Por outro lado, essa geração também tem consciência da necessidade de ceder em alguns casos e agir de forma diferente para contribuir para o desenvolvimento da empresa. Apesar do pouco respeito à hierarquia, entende que é necessário desenvolver o autocontrole, mas a impaciência para esperar o tempo dos acontecimentos ainda é um fator dificultador no processo. Vale a pena refletir sobre o tempo necessário para colher os frutos do trabalho.
Os jovens profissionais desejam um ambiente de trabalho agradável, com estrutura física e tecnológica adequada, e escolhem as empresas que lhes proporcionem maiores possibilidades de crescimento, qualidade de vida e boa remuneração. Para a nova geração, o lugar ideal para se trabalhar é aquele que adota um modelo de gestão flexível e participativo.
Quando se lida com a Geração Y, fica evidente que ela tem grande potencial e qualidades importantíssimas para o mercado. No entanto, traz novos desafios para as organizações, que têm de encontrar formas de lidar com sua maneira de agir e soluções para comportamentos que possam resultar em prejuízos para os objetivos da empresa. E assim fica bem claro: ambos os lados têm de ceder para que os resultados sejam alcançados.